Escrita II
Eu soube recentemente que não escrevo poemas, as vezes são crônicas, outras vezes eu mesma chamo apenas de textos. Mas acho poema uma palavra tão bonita que intento que o que escrevo se torne um, algum dia. Eu te acho muito bonito também. Assim como a palavra poema. Ou poesia, que é outra palavra que além de bonita me faz pensar nos seus olhos. Se você me flagrasse agora pensando nos seus olhos, certamente me diria sorrindo algo impudente e toda a poesia do momento seria um Gregório de Matos, e e u detesto quando você faz isso, sinto meu amor rejeitado, jogado no chão e chutado por uma criança risonha e birrenta, que só quer brincar e correr loucamente. Mas raramente digo algo, apenas cato meu amor Lispector que você acidentalmente ou propositalmente derrubou, limpo a fuligem e o pó do chão, digo que vou guardar com mais cuidado, e não dividirei algo tão elaborado com essa criança que reside em você. Que só mostrarei ao homem em quem as vezes você vem, mas sei que quase sempre qu...