Oráculo de Domingo
- Oráculo eu encontrei alguém hoje.
- Quem?
-Ele é amigo de uma amiga de um amigo do meu irmão
- É um novo espectro?
- Não, ele é de verdade. Quer dizer, eu nunca o vi. Mas sei que ele existe.
- Como sabe?
- Sabe quando você cai e quebra? E perde uns pedacinhos... daí um dia um deles volta. Você não viu como foi mas quando olhei ele simplesmente estava lá.
- Não sei, nunca aconteceu comigo. Quando ele "apareceu"?
- Conheci ele numa enquete.
- Que é enquete, moça?
- Sim, num conjunto de perguntas.Estava procurando um amigo, com voz bonita, opiniões parecidas com as minhas, gosto musical para uma afinidade. Mas a maior prova era a enquete em si. Que tipo de homem responde enquetes? Românticos. E a gente de alguma maneira se deu muito bem.
- Mas moça, como pode. Que tipo de pessoa faz uma enquete pra encontrar um amigo.
- Eu faço.
- Acho que você inventou esse moço novo. Pode ser coisa da sua cabeça.
- Não é. Ele existe, tem um rosto bonito, uma humildade grande no coração. Ele é reservado como um espelho, mas existe.
- Se você insiste, saiba que nem em todas as dimensões existem espelhos.
- Na minha existe. Acho que quero ser parecida com ele, sabe? Ele diz que se machucou e se fechou, mas é 'um coração aberto, pulsando no mundo'. É a maior pessoa que já conheci.
- Mas na verdade você não o conheceu, não é?
- É, não nessa dimensão. Como posso dizer? Ele se parece com um domingo na praia. Não é todo dia, mas é de vez em quando. É manso e ao mesmo tempo agitado, tem uma quietude toda dele. E tem um fim triste, mas uma promessa de reencontro. De recomeço. De reconduta. Me sinto importante e serena perto dele.
- Ainda acho que ele não existe.
- Eu não sei, ele tem um nome de quem não existe mesmo. Talvez ele seja um espectro. Mas se for um dia ele vai desaparecer.
- Como todos os outros... desaparecem de uma dimensão e reaparece em outra.
- Oráculo você tem resmungado muito.
- Estou cansado moça. Estamos. E esse rapaz novo. Com nome de fantasia. Me parece mais
um reflexo de você.
- Quem?
-Ele é amigo de uma amiga de um amigo do meu irmão
- É um novo espectro?
- Não, ele é de verdade. Quer dizer, eu nunca o vi. Mas sei que ele existe.
- Como sabe?
- Sabe quando você cai e quebra? E perde uns pedacinhos... daí um dia um deles volta. Você não viu como foi mas quando olhei ele simplesmente estava lá.
- Não sei, nunca aconteceu comigo. Quando ele "apareceu"?
- Conheci ele numa enquete.
- Que é enquete, moça?
- Sim, num conjunto de perguntas.Estava procurando um amigo, com voz bonita, opiniões parecidas com as minhas, gosto musical para uma afinidade. Mas a maior prova era a enquete em si. Que tipo de homem responde enquetes? Românticos. E a gente de alguma maneira se deu muito bem.
- Mas moça, como pode. Que tipo de pessoa faz uma enquete pra encontrar um amigo.
- Eu faço.
- Acho que você inventou esse moço novo. Pode ser coisa da sua cabeça.
- Não é. Ele existe, tem um rosto bonito, uma humildade grande no coração. Ele é reservado como um espelho, mas existe.
- Se você insiste, saiba que nem em todas as dimensões existem espelhos.
- Na minha existe. Acho que quero ser parecida com ele, sabe? Ele diz que se machucou e se fechou, mas é 'um coração aberto, pulsando no mundo'. É a maior pessoa que já conheci.
- Mas na verdade você não o conheceu, não é?
- É, não nessa dimensão. Como posso dizer? Ele se parece com um domingo na praia. Não é todo dia, mas é de vez em quando. É manso e ao mesmo tempo agitado, tem uma quietude toda dele. E tem um fim triste, mas uma promessa de reencontro. De recomeço. De reconduta. Me sinto importante e serena perto dele.
- Ainda acho que ele não existe.
- Eu não sei, ele tem um nome de quem não existe mesmo. Talvez ele seja um espectro. Mas se for um dia ele vai desaparecer.
- Como todos os outros... desaparecem de uma dimensão e reaparece em outra.
- Oráculo você tem resmungado muito.
- Estou cansado moça. Estamos. E esse rapaz novo. Com nome de fantasia. Me parece mais
um reflexo de você.
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