Maria
Ela passa por mim na rua
Sempre em movimento, mas com os olhos parados.
Os olhos dela encontram os nossos a qualquer distância, no meio de qualquer multidão.
Ela me lembra quase toda poesia que eu já ouvi
Seu olhos sim, oblíquos e dissimulados, transbordam mistério
E escondem muito mais do que revelam
Revolucionária.
Ponta de lança, certeira, ligeira.
Corre um mundo que podia ser de luta e grito
Mas ela já entendeu, que seu mundo e a maior revolução que ela vai promover
É ser um corpo de afeto.
Comentários