Laís!

Diga as mentiras... Mentira que você tem o olhar que vejo no meu onirismo. Mentira que eu caiba no teu ombro. Mentira que tudo que você diz é exatamente da ordem do que eu estava pensando. Mentira que esses seus versos se encaixem nos meus terços. Mentira que algum objeto meu contou a você tudo sobre mim. Mentira que não há mais segredos, e diferenças. Mentira que ignorou minhas passagens e antecedentes. Mentira que costurou em você as roupas que me despertam. Mentira que adivinhou as medidas que me arquitetam. Que abateu os peões que me detestam. Que criou os bordões que me expressam. Que viveu situações que me detectam. Que amansou as confusões que me infectam. Que segurou minhas mãos e há penas. Penas por que, na verdade? Verdade é que sente muito mas não sente o mesmo, e só por que eu desejava profundo que dera fosse, é verdade.