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Mostrando postagens de setembro 24, 2015

Puerpério

Faz parte de deveras construir em si um ser, admitir verdades profundas e ocultas. Precisamos entrar em contato com as coisas recônditas que passamos e que imaginamos. Com tudo que tememos, precisamos fazer um pacto. É preciso perdoar as coisas. Deixá-las ir por vezes, por outras vezes fazê-las ficar, mas por fim encontrar-se com tudo. Me parece que sempre que estou prestes a me confrontar com as minhas questões, prenuncio. Ontem mesmo estava estranha, como quem pairou no ar do dia. Distraída. Em estado puerperal. E hoje pela manhã, em conversa com um amigo, o encontro nasceu. Entendi o quanto as minhas relações tem sido regadas de passado, memória e rancor. Percebi em mim uma tendência quase que infantil de ser aceita e amada por todos. Precisei perdoar isso. Não me entendo lá muito bem com meu pai e sinto que reflito isso em todos os outros homens. Meu pai não me entende. Quero que todos me entendam. Meu pai não me aceita, quero que todos me aceitem. Meu pai me acusa