Laís!

Sobre os defeitos deixa eu explicar... você tem alguns, claro. São poucos. Só me lembro de um agora pra ser sincera. Ele é significativo e acho que o resto é desdobramento dele. ... não é que minto sobre eles. Mas é que se eu não te acusar Não apontar o erro em tudo que você faz. Se eu não olhar pra você e não vê o pior angulo possível Se eu deixar passar alguma coisa Cada falha pequena, um pensamento solto Como vou explicar pra mim que não posso ter você? Como vou justificar esse fato sem me sentir um fracasso? Desse jeito que tá fica mais fácil. Você cresce e eu não sofro.

Queria eu escrever sobre simbiose, tipo de relação animal em que dois indivíduos compartilham de uma associação mutuamente vantajosa. Mas não o farei. Recordei-me que simbiose envolve uma relação de obrigatoriedade. Então complico um pouco mais o termo, falo aqui sobre protocooperação.                 Protocooperação sugere algo mais harmonioso, sem, entretanto, uma relação de exclusividade. Ou seja: ambos são beneficiados, mas um pode viver independente do outro. É benéfico, mas não indispensável. Poderia citar alguns exemplos, mas concentro-me em apenas um: a relação pássaro Cavalo.                 Dentre os pássaros alguns desenvolvem hábitos um tanto peculiares, talvez como espécie não se enquadrassem em algum tipo de cooperação, mas alguns indivíduos curiosamente fogem à regra. Não se contentam apenas em fazer o que os demais pássaros fazem, estes são diferentes... Tão diferentes que não se pode entender completamente o porquê disso.                 Este tipo de pás

Eu não sei dar liberdade ainda. Estou triste por isso. Não é surpresa não saber alguma coisa aos 21 anos. Muito menos uma coisa como essa que quase ninguém sabe. Mas isso não afasta o desapontamento. Por que mesmo sabendo que isso causa dor Eu não proporciono uma estadia agradável. Não é por mal. Não é mesmo. De tudo o que eu queria dar não dou nem a metade. E ainda ando tirando o que achei de bom. É como alguém com muitos sonhos Um sonho inovador, esplendido que solucionará todos os males possíveis. Então eu vejo um terreno pra construí-los: Você. E ao invés de calcular se vai caber, se você quer, se eu tenho recursos para ir até o fim. Se eu tenho ferramentas pra tornar funcional. Eu não. Eu derrubo tudo que achei construído. E não vou adiante depois. Por que não possuo modos. Vamos ficar ali os dois. Você baldio. E eu enlutada por você. Como se não tivesse sido eu, quem te matou.

Você sempre reclama de mim. Reclama dos meus olhos quando o sol das 16 reflete neles. Acho que você só viu isso uma vez, meus olhos contra o sol. E ainda assim reclama deles. Que são estranhos, perturbadores, intimistas, devoradores. Eu já penso diferente. Acho que olhos contra o sol não mentem, não escondem, nem fogem. E acho que é disso que você não gosta. O que você sente é medo. Medo de mim. E do que eu sou quando não minto, não escondo, não fujo. Você tem medo de eu pedir pra ficar. De eu estabelecer morada em você. De eu construir outro império no nada. De eu ser a única opção e de você nem perceber. E de eu passar, de eu me pôr. E de não voltar na manhã seguinte. É disso que você tanto reclama. Do risco de eu, mesmo sendo tão carente de beleza e presença, acabar sendo seu Sol. De seu amor não ser uma estreia, uma estrela. Medo de ter como astro uma pessoa desbotada ]e cheia de manchas, amassada. Sem nenhuma apresentação. E então, deve ser muito ruim ser vo

Quem eu sou? Ah! É meio cedo pra dizer. Mas o que posso te adiantar... é que eu estou. Estou uma mistura entre o que já fui, o que fui idealizada pra ser, o que gostaria de ser e o que serei. Como todo mundo. Sei dizer bem o que gosto. Disso posso falar. Serve? Então vamos lá: gosto de coisas mecânicas  como abridor de latas, caixa de música, e realejo. Gosto de sentir um pouco de frio, e de chuva. Gosto de melodia e de melancolia artística, não gosto de melancolia que não produz nada. Gosto da atemporalidade da verdade. Gosto do que é maleável e que reconhece a possibilidade de mutação, mesmo que não mude. Gosto de gente que não gosta de quase ninguém, eu me identifico  embora acho que gosto até de muita gente, de certas gentes gosto até de mais. Gosto de afins. Gosto de tudo um pouco quando disso estou pra gostar. Não gosto de tipo. Não sou de tipo. Mas falo tipo várias vezes na mesma frase quando não estou concentrada. Solteira. A palavra vem do Latim de SOLITARIUS, “solitário, sozi

- Moça. - Sim. - Por que a casa está cheia de pelos? - Eu ganhei um cavalo. Silêncio. - Quem teria te dado um cavalo? - Eu não sei se ganhei, mas com certeza não comprei. Quando uma coisa aparece a gente ganha ela?Por que ele na verdade apareceu. Acho que não vou saber ao certo por que a gente não deve se apossar das coisas que aparecem. Principalmente se for um cavalo que é um bicho que não para quieto. - Parece coerente. - Se o cavalo que tenho agora, não for meu, será que ele vai embora? Será que vai morar em outra casa, em outro reino que não seja o meu? Se for. - Eu realmente não tenho como saber. - Bom, de todo modo, por ora, eu tenho um cavalo negro. - Certo. Você tem um cavalo. E o que teria ele a ver com os pelos no chão da casa? Até onde sei, cavalos não soltam tanto pelo. - Oráculo? - Sim. - Sabe, há muitas coisas das quais você não sabe, ouviu? - Por exemplo? - Do meu cavalo por exemplo. Ele é muito grande. Uma pessoa enorme... Mas que gosta

Um dia caminhando à praia A moça encontrou um búzio Não era do seu feitio pegar coisas e possui-las Pois o nada que tinha, havia sido presenteado, cerimoniosamente como recompensa de bom comportamento! Mas o búzio a atraiu... fincado na areia, limpo, quase que deixado ali para ela. A moça pegou e segurou avidamente como se alguem pudesse fazê-lo antes dela! O Búzio Frio E começou ali, um romance. Se fosse possível que houvessem vidas passadas...diria que a moça e o búzio foram amantes. Ou talvez, a mesma pessoa! 18/12/08

O cavalo negro e selvagem "Só que ela não queria ir de mãos vazias. E assim como se lhe levasse uma flor, ela escreveu num papel algumas palavras que lhe dessem prazer: "Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenho medo daquilo que é ao mesmo tempo selvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. Se ele fareja e sente que um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e vai. Aviso també

"Não sou assim amor, Foi só Uma maré ruim, Perdoa o drama, E não desiste de mim. Você quando chamou, eu não pude ir, Eu tive muito medo na hora E hoje eu sou culpada. E eu, que fico à flor da pele, Sem querer, Eu tenho um coração vulcânico E sempre acabo errada. Não, não diga que eu lhe trato mal, Eu tento tanto te fazer feliz, Mas acontece qu'eu sou desastrada. Não, eu nunca quis te machucar, Prometo pra você deixar de cena, Acho que eu só quero ser amada." M.M.

"Alguma vez você já confundiu um sonho com a realidade? Ou roubou algo quando você tinha o dinheiro? Você já se sentiu triste? Ou pensou que o trem estava em movimento quando ele estava parado? Talvez eu fosse louca, talvez fossem os anos 60, ou talvez eu fosse, apenas uma Garota Interrompida." Fico pensando aqui se há uma mísera chance de você ser filho desse transtorno. É muito estranho ver seu próprio sofrimento ser engarrafado. Muitos escrevem sobre ele, você diz algo que já tentam encaixar numa garrafa. É um aspecto comum da condição psíquica. Mas e se for verdade? Quer dizer que você não passa de um sintoma, que vai sumir na vida adulta. E essa força toda com a qual eu existo nos outros? E essa fraqueza de existir em mim? Transtorno, Personalidade Limite. Borda Quem está transtornado? O limite, a personalidade ou a borda? Ou eu? E essa dor toda? E tudo isso que me rasga e mal consigo respirar? Esse peso e essa certeza de que a

- Oráculo eu encontrei alguém hoje. - Quem? -Ele é amigo de uma amiga de um amigo do meu irmão - É um novo espectro? - Não, ele é de verdade. Quer dizer, eu nunca o vi. Mas sei que ele existe. - Como sabe? - Sabe quando você cai e quebra? E perde uns pedacinhos... daí um dia um deles volta. Você não viu como foi mas quando olhei ele simplesmente estava lá. - Não sei, nunca aconteceu comigo. Quando ele "apareceu"? - Conheci ele numa enquete. - Que é enquete, moça? - Sim, num conjunto de perguntas.Estava procurando um amigo, com voz bonita, opiniões parecidas com as minhas, gosto musical para uma afinidade. Mas a maior prova era a enquete em si. Que tipo de homem responde enquetes? Românticos. E a gente de alguma maneira se deu muito bem. - Mas moça, como pode. Que tipo de pessoa faz uma enquete pra encontrar um amigo. - Eu faço. - Acho que você inventou esse moço novo. Pode ser coisa da sua cabeça. - Não é. Ele existe, tem um rosto bonito, uma humil

Menino, você não acha que é muito novo pra fazer tamanha arruaça? Você é mágico mesmo, ou sou eu que estou solta no meio da praça? Você vai me atropelar, me destruir, brincar, pisar, apertar, vai me machucar depois. Vem com tanta força, tanto tamanho, tanta voz, tanta convicção tanta firmeza, inventar de nós dois. Chegando, chegando, chegando! Como se toda juventude estivesse correndo atras de mim que ainda sou jovem mas ando com as pernas cansadas enfim, sento por qualquer coisa, e você sempre a me puxar. Puxa pro mar, pro ar, pra tv, me arrasta do sofá. Me tira de casa, me põe na cama. Me chama na hora do jantar. Parece um homem feito, E eu deixando esse sujeito tudo meu bagunçar. Bagunça a minha casa, meu banheiro e meu estar. Bagunça, meu corpo, meu cabelo e meu amar. Bagunça minha bagunça joga tudo pro alto e volta a arrumar. Balança, pula, corre, toca, canta e tira as coisas do lugar. Dera eu essa bagunça ficasse sempre por aí. Dera que fosse meu esse vigor, e ess

Toda vez que digo que senti saudades, ou que te amo, você fica calado Ou então muda de assunto. Ou ri. Por que você faz isso? Por que faz tanta questão de me mostrar que não dirá nada muito menos o mesmo. Até parece que sou uma pessoa convencional, cheia de regras, de interpretações. Você me ofende profundamente quando faz isso. Sinto vontade de levantar e ir embora, desligar o telefone ou fechar a janela. Mas não vou. Fico pra te provar que é só uma demonstração de cuidado. Fico mudando bruscamente de assunto pra não encara a vergonha que sinto quando você faz isso. Qualquer um de você. Seria mentira se eu disser que "gostaria de saber o que se passa na sua cabeça nessas horas". Nem gosto de imaginar. Deve ser ultrajante. Acho que nem gostaria de você se eu soubesse. Principalmente se fosse: nada. O que significaria que a troco de literalmente nada você me mantém por falta de coisa melhor pra fazer. É como: por que não? Por que não moço. Me poupe. Ando g

Por que as pessoas são tão... Por que alguém não pode simplesmente fazer as coisas do jeito que acha mais funcional pra si mesma? Por que eu não pode comer pra ser saudável, variar nas frutas e legumes pra não faltarem nutrientes? Ou exercitar pela saúde dos nervos e ossos?? Por que não pode cuidar pelo bem estar de ser cuidadosa? Por que que tem que afinar? Por que tem de ter uma neurose com meu corpo? o que tem de errado com ele? Com minha pele, com meu cabelo? E o que tem de tão assustador na minha barriga minha gente? E por que os homens deixam se falar tão mau deles? Por que permitem que alguem controle o que eles devem ou não gostar? Cadê o espirito selvagem pra fugir do esperado? Cadê a força? Só servem pra abrir potes? Trocar pneus e lâmpadas? Vocês não tem colhões não é? Não? Então vocês entendem por que tive que arranjar uns né? Alguém tem que tomar as rédias de alguma coisa por aqui... E tomando as rédeas não dá tempo de fazer as sobrancelhas e pintar as unh

Eu não sei se é por que você era especial ou se sou eu que estou cada vez mais cansada dessa história toda. Ou eu me julgo melhor do que sou ou você que não sabe que é menor do que é. Será mesmo uma questão de beleza? Ou será um questão de coragem? Não preciso diminuir nenhuma mulher no mundo pra você me ver como sou. Você já tem idade suficiente pra enxergar isso com as próprias pernas. Você já viu coisa de mais, sofreu de mais, pagou por pena. E continua sendo um menino. Um adolescente. Fascinado pelo o que não pode pagar. Não vou ferir a mulher que amo por um sentimento rateiro Nem preocupar as mulheres que me amam por um, por um, por um... Talvez seja eu quem esteja errada você pode ser de tantos defeitos que me tornariam Uma mulher ainda mais cansada. Posso estar sendo poupada pelo seu não querer. Quero ter de mim, dó e paciência Esperar para ver. Ver no que dar Ver no que dará.

Vaga-lumes  ,   pirilampos,   caga-lumes ,  caga-fogos ,  cudelumes ,  luzecus ,  luze-luzes ,  lampírides ,  lampírios , lampiros ,  lumeeiras ,  lumeeiros ,  moscas-de-fogo ,  noctiluzes ,  piríforas ,  salta-martins   uauás. Fotografia:    Karo Yuki

Ele é um palhaço. sim. como todo palhaço, é um homem, um menino-homem, que se submete a fantasia para ganhar a vida. Ganhar a vida, e tudo que vem dentro dela, a casa, dinheiro, amigos, irmãos. Já pensou o que que as pessoas pensam de um palhaço? Elas as vezes nem acham engraçado. Acham ridículo, um adulto todo pintado. Mas a maioria acha palhaço um tipo de gente muito feliz, que nem é gente direito. Por que palhaço só existe lá no palco. É nariz vermelho, piada e sapato. Eu acho palhaço uma coisa triste. Quando ele chega em casa, como que fica? Depois de tirar a brincadeira com água e sabão, o que que o palhaço é? Palhaço toma banho, fala palavrão? Palhaço chora, tem fé, tem patrão? Tem salário, paga imposto faz declaração? Palhaço tem tédio, doença ou comichão? Palhaço envelhece? Palhaço come pão? Palhaço tem mãe, pai, avô e irmão? Palhaço pode ter até cachorro e habilitação? Eu tenho pena de palhaço, por que ele trabalha maquiado, mas pra viver  ele maquia a maqui

"Quem coloca a felicidade como um ‘Espelho’ no meio do casal só vê seu próprio sorriso, seu contentamento, suas alegrias e suas próprias conquistas ao encarar o relacionamento. Seu único objetivo, ao olhar pra ‘Dona Felicidade’ espelhada nas suas necessidades, é saber se tudo está bem consigo mesmo, saber se a pessoa está dando o que ele precisa pra ser feliz. Em outras palavras, na sua concepção, se ele estiver bem o casal também estará. Mas vamos combinar que para quem está ali invisível à sombra daquele espelho egocêntrico as coisas são bem diferentes. Por outro lado, quem coloca a Felicidade ‘Vidraça’ entre si e seu amor faz diferente, faz melhor! Por que quando ele olha em direção a razão das suas alegrias ele não vê sua própria imagem, ou o reflexo dos seus próprios desejos. Ele vê um coração em forma de palco onde ele é o personagem principal, um convidado especial, e sua permanência no show da vida do seu Amor dependerá do seu desempenho diário.  ...

Hoje eu acordei cercada de música e poesia De 8:50h da manhã e pão com manteiga Acordei de andar na rua e não me sentir mal com nada De cuidar do corpo e mesmo assim tomar sorvete. De conforto puro eu acordei essa manhã. De gratidão vou dormir essa noite Tomara que eu não chore, só se for de uma alegria mansa Dessas que vem um pouco antes do sono. Alegria de cama quente quando frio e fria quando quente. Essa alegria é uma que eu gosto muito. Gosto tanto dessa alegria, quanto eu gosto da alegria de pipoca e embalagem pra presente. Coisa importante

"I promised I'd never sing of love if it does not exist But, darling, you are the only exception Maybe I know somewhere Deep in my soul that love never lasts And we've got to find other ways To make it alone or keep a straight face And I've always lived like this Keeping a comfortable distance And up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness Because none of it was ever worth the risk Well, you are the only exception"

Para o banco, inadimplência. Para a chamada é ausência. Para a saúde, doença. Para o professor é surto. Para a psicologia é Boderline. Para a casa é acomodação. Para a escuta, ponto de vista. Para alguns amigos, mau humor. Para os colegas, sumiço. Para os amantes é religião. Para a religião, falta de fé. Para os otimistas é suicídio. Para o outro lado, “ vitimismo ” . Para as vitimas é egoísmo. Para a empregada, desordem. Para o empregador é desgosto. Pra mim é só cansaço. E pra você, o que é?

“Used to think that I knew what love is But life told me I was wrong Life is a party where you feel a stranger And people don´t ask your name”* Eu gosto do som de seu riso. Eu me encanto com o brilho de seus olhos, quando sorri ou chora. Gosto do seu sotaque íntimo e do tom cadenciado de sua voz. Ainda sonho com o acalento de seus braços, com a maciez de sua pele, pêlos, lábios. Eu quero você comigo, ao menos uma noite e um pouco mais. Não sei se era você no passado, sei que sinto sua falta nesse presente, acho que te desejo mais do que posso. Não me importo. Eu gostaria de sair contigo. Eu quero ir para outro planeta com você, um lugar sem tanto burburinho ou sem tanto tempo. Entenda tempo, como esse marcado em relógio ou em histórias de terceiros. Eu tenho querido você por inteiro. Nem sei pra que escrevo essas palavras... Não conheço o ‘porque’ desse desejo... São palavras noturnas e sinceras, talvez alguém leia... Talvez, você! “Can you color my world? Caus

é. eu admito. Choro muito quando vejo suas fotos, na verdade as fotos de todos vocês. Usei todos e todos me usaram. Eu os usei pra esquecer um amor que nunca soube que existe. Vocês me usaram para isso, ou ainda aquilo. Cada um com seus motivos. Eu era uma ponte, era uma rota de fuga, era uma segunda chance, era um bem, brinquedo, um ídolo ou ainda apenas uma amiga. Mas eu usei todos para algo menos nobre... pra distrair a cabeça. Depois devorei todos, alguns se salvaram, poucos, o resto ficou morto, numa vida sem corpo ou num corpo sem vida. Os que se salvaram, foram covardes e prudentes, sobreviveram por covardia. Souberam a hora da retirada. Agora os admiro por isso, não tiveram a bravura estúpida. . Já os que morreram, morreram. Estupidamente se colocaram a frente na linha de batalha, na mira do meu exército de medos e foram esmagados. E eu choro suas mortes. Como a viúva, que sou. Mas se  você indubitavelmente ousar chegar um pouco mais perto. Eu posso prometer. Não