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Mostrando postagens de 2016

O que eu aprendi em 2016

1- Se você tem uma mudança a fazer por causa de uma situação que você não aguenta mais, é porque você aguenta as consequências e possíveis desdobramentos advindos dessa mudança. Faça o que precisa fazer, viver desejando morrer, não é vida. 2- Diga sim. Pratique. Mesmo que já tenha tentado, e dado errado no passado, mesmo que você tenha uma regra pra o assunto, quebre as vezes. E ao que você sempre diz sim, diga não de vez em quando. Isso renova você e suas relações. 3- Confie no amor. Mais difícil que encontrar com quem passar seus dias, é aprender a ser amada. Deixar que a pessoa nos ame dia após dia, mas da maneira dela, é um dos maiores desafios de existir. 4- Se mais do que uma impressão, pessoas que você considera importantes, realmente tentam impedir que você se sinta bem com suas escolhas, bloquei o acesso dessas pessoas ao centro do seu ser. Ou seja, não permita que as investidas tóxicas cheguem ao luar onde você guarda sua estima por si mesmo, suas motivações e onde você

Sentindo o soneto

Sabe...eu tenho um hábito antigo de imaginar tragédias antes de dormir. Principalmente contra mim mesma, mas tragédias no geral. Tem sido indescritível lembrar toda noite que uma pessoa pode amar tanto a outra desse modo como você faz. Mais ainda lembrar que isso está acontecendo comigo. Que alguém pode olhar com tanto amor pra mim...me tocar com tanto cuidado, acelerar o coração só por me ver, passar quanto tempo der só olhando pra mim, perto de mim... Que alguém fique comigo. Mesmo em dias tão ruins que eu penso em me destruir por completo até não haver recordações da minha passagem, nas piores curvas da minha montanha russa. Logo comigo. Eu paguei com minha vida por afeto até agora, e de repente alguém me ama só por eu ainda estar aqui. É impossível saber a duração de qualquer coisa então até quando, não importa..."assim quando mais tarde me procure, quem sabe a morte, angústia de quem vive, quem sabe a solidão, fim de quem ama, eu possa dizer do amor que tive. Que não seja

Eu espero...

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Eu espero que você me olho nos olhos, sempre. Que preste atenção enquanto eu falo e não aceite que eu não preste atenção em você. Espero que se convença que eu tenho muitas alternativas e opções para estar em qualquer outro lugar no mundo, mas que escolhi estar com você, mesmo que em silêncio sem fazer nada.  Espero que aprecie nosso silêncio de amor, isso é intimidade, quando não é desconfortável ficar em silêncio, e que saiba que o meu silêncio é necessário às vezes, mas enquanto eu sentir que você aprecia meus sentimentos, eu lhe direi o que sinto, só que mais tarde.  Assim como espero que você entenda o silêncio, espero também que não esqueça o valor das palavras, não preciso que me faça promessas, só cumpra sua palavra, e sim, vai precisar pôr mil lembretes no celular pra não esquecer de fazer as coisas que eu te peço já que você tem traços de Alzheimer. Eu espero também que você saiba que eu te amo, mesmo quando não parece. Espero que me ame enquanto isso te fizer be

Noite, fogo e chuva

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Quando eu tinha aproximadamente 9 anos, aconteceu a primeira vez. Foram muitas vezes naquele ano. Noites de fogo, como eu chamei. Naquele ano foram tantas vezes que logo mais eu tinha medo de dormir... passei a ficar triste sempre que começava a anoitecer, ate hoje fico melancólica as 17h. Sempre que via minha mãe chorando, sempre que meu pai parecia irritado, sempre que alguém ficava chateado por algo que eu fazia, sempre que eu percebia que tinha deixado de fazer algo, sempre que eu me sentia errada, sempre que fazia algo não tão bom, ou algo ruim. Sempre que qualquer coisa dava errado. Saía dos trilhos. Noites de fogo. Nessas noites é impossível dormir, o peito arde, as lágrimas descem copiosamente e molham tudo, mas sempre quentes, a dor é imensurável, não existem pensamentos, apenas uma barulho ensurdecedor, repreensão, vozes, regras, gravações antigas, qualquer coisa dolorosa. Toda noite de fogo termina exatamente às 5 da manhã, quando a tristeza   se torna insuportável e

Guerra de Clichês

Palavras ou expressões que de tanto serem utilizadas, se tornam previsíveis ou se afastam do verdadeiro sentido. Eu que nasci essencialmente diferente de muita gente, mas não exclusiva ou única o suficiente, sempre tive pânico dos clichês. Não só das expressões, mas de um estilo de vida previsível, comum, relacionamentos convencionais,  sentimentos ocos, estardalhaço, e histeria coletiva. Rejeitei tudo, e criei regras. Fiz promessas a mim mesmo e outros acordos menos importantes com meu futuro. Coisas que não faria, pessoas com quem não me relacionaria, lugares onde jamais iria, sotaques que não suportaria. Eu delimitei tudo quanto pude. Qualquer coisa para não ser clichê. Porém, a vida que tem por dom a graça, por vezes até a falta dela, tratou de providenciar que esse ano eu tivesse o encontro íntimo com esses tão temidos, e parece que, inclusive, com todos eles. E tive alguns embates com esses tais, para os quais perdi, todas as vezes. " O tempo cura tudo " No mo

Transbordo

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Bor.da - Substantivo feminino beira margem extremidade limite orla Estive, desde que me lembro, na borda. Sempre quase para cair de algum lugar ou em cima de alguma coisa. A ultima filha, a mais nova da classe, sempre no limite. Já estive a beira mar centenas de vezes. A beira da loucura, outras tantas. Margem de rios, poucos, mas tão belos. Margem de mim principalmente o tempo quase todo. Na extremidade do ego, abdiquei de mim, em detrimento do contento alheio. Na extremidade dos outros, reivindiquei com força meu direito de existir, porém calei. A linha entre o céu e o mar no horizonte é minha única referência de limite. Limites são complicados, não enxergo a divisão das coisas com clareza. Na orla, aprecio o deitar do sol na água, no fim de tarde. Mas como estou na fímbria, caio. Nas bordas externas senti por vezes extrema felicidade Nas bordas de mim, me resignei a sofrer pelas bordas. Por que não me bastava está a beira de tudo ainda estava nem bem completa,

O que eu aprendi em 2015...

Bem, eu gosto dos inícios e finais dos ciclos. Embora não acredite que a contagem de tempo que fazemos é a única possível ou que esteja correta, é a que tenho. Então para o final deste ciclo vou escrever as aprendizagens com o propósito de não esquecê-las. Esse ano aprendi muito sobre mim, sobre a vida mas principalmente sobre relacionamentos. Sobre mim descobri um monte de coisa chata... sim continuarei usando a expressão "descobri" por que não tenho outra que melhor defina. Me confrontei com tantos defeitos que eu não sabia que eu tinha, e me descobri também mais forte do que eu imaginava ser. Eu sou rancorosa! Pasmo... eu não sabia. Estamos fazendo terapia e trabalhando isso aos poucos. Meu pai estava certo sobre mim o tempo todo, eu sou muito obstinada, mas juro que não é por mal. É que eu confio muito pouco em qualquer coisa... então faço o que faz mais sentido pra mim. O que parece mais real. Enfim, isso não muda o fato de eu ser obstinada, mas estou trabalha