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Mostrando postagens de outubro, 2013

Poem to a Horse

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- Moça. - Sim. - Por que a casa está cheia de pelos? - Eu ganhei um cavalo. Silêncio. - Quem teria te dado um cavalo? - Eu não sei se ganhei, mas com certeza não comprei. Quando uma coisa aparece a gente ganha ela?Por que ele na verdade apareceu. Acho que não vou saber ao certo por que a gente não deve se apossar das coisas que aparecem. Principalmente se for um cavalo que é um bicho que não para quieto. - Parece coerente. - Se o cavalo que tenho agora, não for meu, será que ele vai embora? Será que vai morar em outra casa, em outro reino que não seja o meu? Se for. - Eu realmente não tenho como saber. - Bom, de todo modo, por ora, eu tenho um cavalo negro. - Certo. Você tem um cavalo. E o que teria ele a ver com os pelos no chão da casa? Até onde sei, cavalos não soltam tanto pelo. - Oráculo? - Sim. - Sabe, há muitas coisas das quais você não sabe, ouviu? - Por exemplo? - Do meu cavalo por exemplo. Ele é muito grande. Uma pessoa enorme... Mas que gosta

O Búzio

Um dia caminhando à praia A moça encontrou um búzio Não era do seu feitio pegar coisas e possui-las Pois o nada que tinha, havia sido presenteado, cerimoniosamente como recompensa de bom comportamento! Mas o búzio a atraiu... fincado na areia, limpo, quase que deixado ali para ela. A moça pegou e segurou avidamente como se alguem pudesse fazê-lo antes dela! O Búzio Frio E começou ali, um romance. Se fosse possível que houvessem vidas passadas...diria que a moça e o búzio foram amantes. Ou talvez, a mesma pessoa! 18/12/08

Sir

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O cavalo negro e selvagem "Só que ela não queria ir de mãos vazias. E assim como se lhe levasse uma flor, ela escreveu num papel algumas palavras que lhe dessem prazer: "Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenho medo daquilo que é ao mesmo tempo selvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. Se ele fareja e sente que um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e vai. Aviso també

Drama

"Não sou assim amor, Foi só Uma maré ruim, Perdoa o drama, E não desiste de mim. Você quando chamou, eu não pude ir, Eu tive muito medo na hora E hoje eu sou culpada. E eu, que fico à flor da pele, Sem querer, Eu tenho um coração vulcânico E sempre acabo errada. Não, não diga que eu lhe trato mal, Eu tento tanto te fazer feliz, Mas acontece qu'eu sou desastrada. Não, eu nunca quis te machucar, Prometo pra você deixar de cena, Acho que eu só quero ser amada." M.M.