Universo Material

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Cada vez que vejo

o sol se por

o dourado azul nas nuvens

o reflexo na sombra do sol

o limite do azul com o azul

Cada vez que eu vejo o mar

A praia

Areia

A vida das águas

Corais nas âncoras

Peixes no cais.

A madeira salgada de mar

As arvores que piso

Arrumadas e Plainadas

Marrom dourado do pôr.

Cada vez que eu vejo

O concreto das praças

Os bancos e construções antigas

Nostalgia de coreto

Pombos

Crianças correndo.

Cada vez que eu vejo o sorriso das crianças

E os olhos ativos

A beleza das mães

A altivez das mulheres

Cada vez que eu vejo-me mulher

As curvas

As marcas

Eu sinto

Muito

Cada vez que eu penso no que me falta

E no que mais tenho

O que mais temo

Você

Pavor da sua ausência

Saudades de você

A ponto de me elevar

A negociar com meus desejos um resgate para a sua vontade

Barganhar cada coisa que vejo

Cada prazer

Cada praia

Cada pôr

Cada cor

Todo o ver

O poder de enxergar

E o privilegio da contemplação

Em troca da sua presença

Não só de corpo

Mas de espírito

De inteiro teor

Todo entregue

Nada me vale tanta contemplação

Estando ainda cega de você.

que não passa de um desejo carnal

Pelo qual eu trocaria

Meu universo imaterial

Comentários

cassio b. disse…
Interessante seu poema, gostei da técnica, a forma lembra as ondas do mar. Vou copiar um pouco desse técnica, depois da uma olhada no meu.
16 de março de 2010 às 10:56
LAIS! disse…
uhuahsuahsuahusha
aff!
Q bom q gostou
Dou uma olhada sim
Obrigada por comentar!
26 de março de 2010 às 20:20
cassio b. disse…
gostei sim, mas a técnica não ficou bem em meu espaço por isso tive q voltar ao original... :)
27 de abril de 2010 às 16:40
LAIS! disse…
RSRSRSRSRSR
mas espero que tenha sido bom tentar
9 de maio de 2010 às 20:30
Derluh Dantas disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
19 de julho de 2010 às 01:35
Derluh Dantas disse…
Identifiquei-me com o enredo, a intensidade, a cor. . . Conheço semelhantes descobertas...
Arriscaria maiores trocas, trocaria pelo mundo material e imaterial para não sentir aquela lança que fica quando um certo alguém que planejamos um tempo a mais se vai, levando mais que os planos, há faltas de palavras!
Belas imagens e sentidos em seu blog. Parabéns' beijiiinho Lai'
19 de julho de 2010 às 01:38
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