De[so]rientação

Ao Tico Cardoso

Já teve muito medo?
Medo do que mais anseia?
Ânsia do que mais teme?

Desorientação

Desejo de ir ao contrário
Ao invés de caminhar pra frente
Dar macha ré para as costas
Caminhar em direção a vida, e não a morte?

Já sentiu?
E o que fez?

Não é uma crise existencial
Não você está confundido tudo
Não é isso!

è isso

Penso
Existo
Sei
Quero
Caio!

Eu voo e não levanto
Socorro e não descanso
Pé e não descalço
Mão e não aparto

Tomaram-me de mim
Compraram minhas rédeas
Pegaram meu oculto
Tiraram meu escuro


E me expuseram
Me sufocaram de luz
Nua no claro
Luz acesa do quarto


Não posso ver!
Está muito claro!

Alguém apague alguma luz?
Alguém tape essas frestas?

Shhhh

Feche as cortinas
Nós descobrimos tudo
Mais eles não podem saber
Finja-se de morto
Eles passarão por cima
Aí então você levanta
E corre o máximo que conseguir


Não olhe
Só corra
Corra

"Eles são muitos mas não podem voar"

Eu posso!

Comentários

cassio b. disse…
Esse já tem ate um traço de psicologia, legal teu jeito de narrar poemas eu ñ consigo levar tão adiante os meus.......
LAIS! disse…
e eu peco por levar adiante de mais
esmago as entrelinhas
obrigada por ter se feito presente
escrevi essa no laboratorio de info...

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